Mudar a rota é necessário
Chega um tempo — e sempre chega — em que a vida escancara: ou você muda a rota, ou vira sobrevivente do próprio orgulho. Mudar não é fraqueza, é coragem. É saber reconhecer que aquele caminho já não leva mais a lugar nenhum. É ter a dignidade de abandonar o que dói mais do que ensina, o que prende mais do que liberta, o que exige que você se encolha pra caber.
Porque é isso que muita gente faz: se aperta pra não desagradar, se silencia pra não confrontar, se diminui pra não incomodar. Mas toda vez que você se espreme pra caber, perde uma parte de si. E a vida, ah… a vida cobra. Cobra com esgotamento, com angústia, com aquela sensação incômoda de estar no lugar errado, cercado de gente que não vê sua alma, apenas sua utilidade.
Na política, na vida, nas relações — não se iluda — seguir no piloto automático por medo de desagradar é decretar sua própria prisão emocional. Não existe crescimento onde não há espaço. Não há verdade onde se vive fingindo. E não há futuro onde se insiste em permanecer por comodismo, covardia ou vaidade.
Quem insiste em caber onde já foi expulso pela essência, uma hora colhe o preço da negação: arrependimento. Porque a vida ensina. De forma suave, às vezes. Mas quando precisa, ela grita. E quando ela grita, geralmente é tarde demais.
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